A Leitura das Palestras - No princípio era o verbo...
O Pathwork indica que devemos ouvir as palavras que falamos internamente para entender a nossa criação. Compreender a linguagem de nosso inconsciente.
Uma "imagem", na visão do Pathwork, é um sentimento congelado, uma forma simultaneamente estática e distorcida de enxergar um aspecto da vida porque cristalizamos no inconsciente palavras ou conceitos incorretos. Mudar a qualidade de nosso diálogo interno, portanto, é a chave para a autotransformação.
Quando adquirimos um conceito ou perspectiva novos sobre a vida, e desde que eles estejam fundamentados na verdade, geramos, por conseguinte, uma expansão de consciência; e isto abre espaço para a criação de algo novo, se determinadas condições forem atendidas.
Exemplo, se eu recebo a afirmação de uma fonte para mim fidedigna de que a natureza da vida é essencialmente benigna – a partir de um ponto de vista na unidade –, eu tenho a escolha de dar a este pressuposto o benefício da dúvida e tentar assimilar nuances desta hipótese no nível de realidade dual em que vivemos.
Ou, se esta mesma fonte afirma categoricamente que a condição de "vítima das circunstâncias" não é uma verdade do ponto de vista espiritual e em seu lugar apresenta o conceito de total autorresponsabilidade na criação de nossas vidas, terei a escolha de refletir sobre as situações em que nutro vitimismo, associo prazer a esta projeção de culpa, e não me aproprio de correntes minhas cuja reorientação seria a chave para uma importante mudança pessoal.
Assim, é possível afirmar que para qualquer criação acontecer é preciso que antes ela seja concebida em nosso campo mental. Todo ato criativo é originalmente concebido, compreendido e gestado no intelecto, necessitando, em etapas posteriores, do concurso da ação e da conexão com o sentimento para a sua melhor manifestação.
As centenas de palestras do Guia do Pathwork representam um manancial de conhecimento enorme, e de uma qualidade única, sobre a nossa natureza psicológica e espiritual, a realidade da Vida em seus vários níveis e os mecanismos que possuímos para sermos mestres de nosso próprio destino. O estudo das Palestras produz este importante alargamento e aprofundamento de nossas fronteiras intelectuais, o que é instrumental para engendrar uma cadeia de conceitos, reflexões, mudanças de atitudes e reorientações emocionais que serão a base de um orgânico e genuíno processo de autotransformação.
Vejamos um trecho do próprio Guia, que ajudará a esclarecer este ponto:
“Há muitas respostas que a pessoa pode descobrir em si mesma, se realmente quiser ― todas as respostas que dizem respeito ao desenvolvimento pessoal, ao autoconhecimento, aos próprios defeitos. Mas tirando isso, é necessário obter conhecimento de fora, por exemplo, conhecimento das leis espirituais, conhecimento sobre o que fazer para superar determinados defeitos e ajuda a conseguir a purificação. Se esse conhecimento do exterior não existir, muitas vezes é impossível descobrir a resposta certa ou qual o próximo passo a dar. Quanto mais conhecimento é obtido do exterior, tanto mais respostas certas a pessoa poderá descobrir em seu próprio íntimo.” Palestra 011 ― Autoconhecimento, o grande plano, o mundo espiritual ―, pág. 09.
Muita paz!
Artigos relacionados a este tema:
A Leitura das Palestras (3) - O Conteúdo (umajornadadepathwork.blogspot.com)
A Leitura das Palestras (4) - Impulso para o caminhar (umajornadadepathwork.blogspot.com)
A Prática do Pathwork (3) - As Dimensões do Caminho (umajornadadepathwork.blogspot.com)
Eva Pierrakos (3) - O Recebimento do Pathwork - 1957 a 1979 (umajornadadepathwork.blogspot.com)
Comentários
Postar um comentário