A Leitura das Palestras (4) - Impulso para o caminhar


Neste último artigo da série sobre o estudo das palestras do Pathwork, veremos como esta prática renova o ânimo do aluno no trabalho de autoenfrentamento e, gradualmente, vai se desdobrando em novas interpretações para conceitos abordados pelo Guia, de uma maneira que não alcançamos assimilar em estágios iniciais do Caminho. 

O Guia nos explica sobre como espíritos muito especializados trabalharam na elaboração de cada palestra para que elas atingissem de forma diferente ouvintes e leitores de níveis distintos de consciência. Como as camadas de uma cebola, a cada nível de consciência acessamos o conhecimento e a sabedoria de que individualmente precisamos.

Segundo ele, isso acontece para que os leitores recebam uma quantidade ideal de informação e sabedoria, compatíveis com o seu momento pessoal, e que, um conteúdo eventualmente apresentado cedo demais para um nível de consciência específico pode até ser prejudicial. 

Podemos até imaginar que haja uma ciência espiritual para isso, que desconhecemos completamente. Trata-se de uma ideia intrincada, para a qual o Guia não detalha como procedem para conseguir este efeito, mas a experiência prática corrobora esta premissa; ou seja, nossa capacidade de assimilar a sabedoria das palestras aumenta na medida em que se expandem nossa autoconsciência e o estado de purificação pessoal. Deste modo, novos aprendizados e percepções tornam-se acessíveis. 

O Guia orienta que devemos fazer do Pathwork a base de nossa vida. É sobre esta plataforma diária de autoconhecimento e autotransformação que atuaremos na vida. Esta conduta evita pensar que o Pathwork seja algo acessório, um acréscimo, como quem se dedica ao estudo de uma língua estrangeira, por exemplo, fazendo um esforço voluntário quando entende que possui um tempo livre. Ao contrário, o Pathwork pessoal passa a ser a nossa prioridade na vida. 

Todos podemos, com este senso de prioridade e organização, investir entre 30 minutos e 1 hora por dia em nosso trabalho pessoal. Dentro deste período, o pathworker distribuirá seu empenho às várias dimensões da prática do Pathwork; e dentre elas, o estudo das palestras. Como na vida, também esta caminhada tem o seu ritmo, suas fases, que necessariamente leva a adaptações e ajustes conforme a necessidade de cada momento.


Palestras Pathwork Caminhar
Estudo das Palestras: Impulso para perseverar no Caminho

Progressivamente, as lacunas de entendimento sobre o bojo desta sabedoria espiritual vão sendo preenchidas. Ou seja, os conceitos vão sendo assimilados com mais propriedade e o jargão particular do Pathwork vai sendo conquistado. O mapa mental do que é o Pathwork vai se delineando e expandindo suas fronteiras.

O autoenfrentamento, sabidamente, é um processo desafiador e costuma ativar as resistências internas contra as ações tomadas neste sentido. Dentre os muitos benefícios que o estudo das palestras traz ao Pathwork pessoal está a renovação de ânimo para perseverar no Caminho.

Cada empenho colocado no estudo das palestras ajuda a nos reconectar com o propósito de termos escolhido esta jornada e amplia o conhecimento do território no qual estamos pisando. As palestras sempre nos renovam a visão de que o autoenfrentamento é seguro e, na verdade, é o único caminho para o autoconhecimento e a autotransformação.

O resultado da prática continuada de leitura das palestras é que as demais dimensões da caminhada pessoal serão positivamente influenciadas. Essa porção de consciência e energia que o estudo do Pathwork nos traz é mais facilmente canalizada em dar o passo seguinte no caminho: um novo autoenfrentamento em revisão diária, uma oração mais comprometida, um insight conquistado, uma meditação mais consciente, uma nova autorrevelação para o grupo, um conteúdo a mais para trabalhar com o helper, por exemplo. O conhecimento das palestras, portanto, não é o passo em si, mas é um importante impulso para que se escolha dá-lo de várias formas. E o caminho do Pathwork se percorre por inúmeros pequenos passos.

Fechamos, por ora, esta primeira dimensão do "Pathwork na prática", esperançoso de que o leitor se deu conta de sua relevância e não a negligenciará. Nas próximas postagens discorreremos sobre uma segunda dimensão, que é a presença em um grupo de estudos. Veremos que há mais camadas neste aspecto do Caminho do que podemos considerar em um primeiro momento.


Sigamos em frente e,


 Muita paz!


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