O Inventário Pessoal (3) - A lista de defeitos e qualidades
A próxima sugestão de autoestudo em seu inventário pessoal é fazer duas listas distintas, relacionando todos os defeitos e
qualidades que você reconhece em si mesmo. Tome seu tempo para isso e tente abranger, ao mesmo tempo, toda a extensão de defeitos e qualidades que puder
caracterizar e ser específico na descrição de cada um deles.
Sobre o conhecimento de nossas qualidades e defeitos, o Guia diz:
"Vocês todos sabem que é de importância imperativa obter autoconhecimento. Agora, como isso pode ser feito? O primeiro passo será, logicamente, pensar tão objetivamente quanto vocês forem capazes sobre sua própria pessoa ― todas as suas boas qualidades e todos os seus defeitos. Escrevam uma lista, como aconselho frequentemente, porque o ato de escrever os ajuda a se concentrar sobre e sintetizar aquilo que vocês tiverem descoberto até o momento, além de evitar que esse conhecimento lhes escape das mãos. As palavras escritas, o preto no branco, poderão jogar luz sobre o seu discernimento e proporcionar um certo desapego em sua consideração para consigo mesmos". Palestra 026 − Descobrindo os próprios defeitos −, pág. 05.
Ambas as listas têm impacto positivo no autoconhecimento, mas por motivos diferentes. Trabalhar na lista de defeitos é obviamente mais difícil, mas talvez seja por isso mesmo até mais importante, uma vez que ela coloca foco em aspectos da personalidade que necessitam de purificação; ao contrário das qualidades, que representam correntes da personalidade com expressão mais livre, fluida e ampliada.
Conhecer nossas qualidades é importante para reforçar uma legítima autoestima, e também para colocar em melhor perspectiva os nossos defeitos, que por si só, causam muita resistência à observação. Trabalhar com defeitos e qualidades simultaneamente favorece uma abordagem mais equilibrada do todo que verdadeiramente somos.
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Qualidades e defeitos, todos temos. Conhecê-los bem traz uma perspectiva sólida para nosso autoconhecimento. |
É interessante revisitar estas listas após alguns anos. Elas são boas sinalizadoras da evolução de nosso trabalho no Caminho. A depender do esforço, compromisso e efetividade do trabalho de autotransformação realizado, dará para perceber mudanças na expressão de defeitos e qualidades. Estes mais fortalecidos e amadurecidos, aqueles com manifestações mais amenas. Tudo fruto de purificação e expansão de consciência.
Para ilustrar a afirmação acima, exponho um item de minha lista de defeitos, "baixa autoestima", cujo registro abri em 2009. 3 anos depois, fiz um comentário sobre como percebia em mim a expressão do mesmo defeito.
"(2009) Baixa Autoestima: Não sou satisfeito comigo. No fundo, me detesto. Comparo-me sempre às pessoas, julgando-me superior ou inferior, e sentindo-me raivosamente invejado no primeiro caso ou muito decepcionado e revoltado no segundo caso. Não aceito minhas limitações. Quero ser muito melhor do que de fato sou. Tenho forte sentimento de inferioridade em relação às outras pessoas;
(Comentário em 2012) A baixa autoestima existe, mas a intensidade dos sentimentos já é bem diferente. Um pouco de tudo isso acontece, mas dentro de uma maior adequação, proporção. Também já tenho mais consciência do processo todo."
Nas próximas postagens, seguimos com mais sugestões para a construção do Inventário Pessoal, uma dimensão do Pathwork que é poderosa para a promoção do autoconhecimento.
Muita paz!
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