O Inventário Pessoal (7) - Resposta a questionários do Guia

 

Vamos incrementar nosso inventário pessoal com mais uma modalidade de autoestudo. Desta vez, o próprio Guia do Pathwork nos conduz nesta empreitada. Por meio da leitura das palestras Pathwork buscamos, sobretudo, a sabedoria espiritual que nos traz iluminação e orientação para o Caminho. Em muitas das palestras, contudo, o Guia propõe verdadeiras joias de questionários e sugestões de autoanálise muito específicos, que também podem ser objeto de nossa atenção e esforço de autoconhecimento.

A proposta é que ao nos depararmos com tais sugestões de aprofundamento do autoconhecimento, se houver ressonância com nosso processo pessoal naquele instante, possamos incluí-las em nosso inventário e dedicar algum tempo para ponderar e responder aos questionários que o Guia nos faz.

Para ficar em poucos exemplos, palestras como A linguagem do inconsciente (124), Um empreendimento mútuo: a força curativa que muda a vontade interior negativa (186) ou O que é o Caminho (204), trazem uma série de questões muito interessantes e bem encadeadas, que merecem o nosso autoestudo honesto, de onde percepções muito significativas podem emergir. Há algumas outras palestras em que o Guia nos faz indagações diretas e muito merecedoras de reflexão. 

Questionário Palestras Pathwork
Responder aos questionários propostos pelo Guia do Pathwork é auxílio eficaz para o autoconhecimento

Por exemplo, na palestra Luta: saudável e doentia (114), o Guia tenta questionar nosso muito comum senso de impotência para mudar ao mesmo tempo em que tenta fixar em nós o fundamental conceito da autorresponsabilidade pela criação de nossa vida. O que segue é uma série de perguntas que não propõe um autoenfrentamento simples. Pelo contrário, pode suscitar a resistência em fazer reconhecimentos difíceis para o ego sustentar. Mas veja, por si mesmo, que fazer a nossa reflexão transitar honestamente pelas perguntas pode nos conduzir para lugares internos de maior consciência, de mais verdade. 

“O que é mais importante para mim e para a minha vida a fim de conseguir o máximo possível de honestidade comigo mesmo?

 Quais das minhas atividades mais contribuem para isso?

Eu engano a mim mesmo quando quero acreditar que outra atividade, que não o autoconhecimento, pode proporcionar o desenvolvimento espiritual almejado?

O crescimento e o desenvolvimento são possíveis sem isso?

Meus esforços nesse sentido são suficientes, ou seria possível fazer mais?

Se for possível fazer mais do que faço, por que não permito isso?

Será que eu busco o autoconhecimento apenas em relação às áreas que não doem, que não geram ansiedade?

Se for assim, preciso avaliar o fato de que eu também resisto a conhecer o que há em meu íntimo. Qual é minha atitude em relação a mim mesmo ao fazer essa admissão?

Se quero manter a resistência, não é melhor, pelo menos, saber que não tenho coragem de olhar para mim mesmo, em vez de fingir o contrário?

Tenho coragem de admitir esse fato?

Consigo conjeturar que em algumas áreas do meu ser sou corajoso e estou totalmente disposto a me enxergar com honestidade, enquanto pode haver outras áreas onde ocorre exatamente o oposto?”.

É uma certeza o quanto reflexões como esta podem ser úteis quando associadas às demais áreas de nosso trabalho neste Caminho. 

Nas próximas postagens, seguiremos abordando novas possibilidades para a construção do Inventário Pessoal. As sugestões de autoestudo que virão a seguir acessam níveis ainda mais profundos de nossa personalidade. Consequentemente, tem um potencial ainda maior de identificar distorções bastante primárias. Quando o trabalho de autotransformação, por meio de suas várias dimensões, chega a um ponto em que é capaz de abordar e tratar a origem de nossas distorções pessoais ― algumas até que vimos carregando carmicamente desde antes desta vida , o potencial para a purificação é muito maior. 

Muita paz!

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